O CAD marchou hoje, em quase todo o país, em repúdio à bloqueada da sua candidatura para as eleições legislativas e provinciais. O presidente da coligação acusa Ossufo Momade de perseguir Venâncio Mondlane.
A Coligação Aliança Democrática, CAD, voltou à rua, neste sábado (27), na Cidade de Maputo e não só. Desta vez, a marcha visava exigir a restauração do que as decisões de justiça eleitoral.
O Presidente da coligação disse que com a passagem por algumas artérias da capital do país, o objectivo era repudiar a deliberação da Comissão Nacional de Eleições, que levou a sua candidatura às eleições legislativas e provinciais por alegadas irregularidades.
Mas acima de tudo, deposita toda a confiança nas instituições de justiça, sobretudo na pessoa do Presidente do Conselho Constitucional, entidade responsável por decidir, em última instância, a nulidade ou não da candidatura do CAD.
Acreditamos nas instituições do Estado, fundamentalmente na doutora Ribeiro, que ela, a Luísa Ribeiro, vai criar condições para que a Coligação Aliança Democrática concorra, sabendo que o nosso candidato presidencial já está bem posicionado no seu número 3 e vai concorrer, faltando, precisamente , uma coligação de aliança democrática.
Manecas Daniel acusou a liderança da Renamo de perseguição.
Isto é meramente político, por isso quer dizer aqui, publicamente que Ossufo Momade está a perseguir Venâncio Mondlane e isso deve parar, declarou Manecas Daniel, depois de ter registado a intervenção do líder da Renamo que culpava o CAD de se ter precipitado e não organizado os documentos necessários para a sua candidatura.
Já o mandatário do CAD, Elvino Dias, acredita numa resposta favorável vinda do Conselho Constitucional, até porque garante ter cumprido todas as regras aplicáveis.
O nosso recurso preenche todos os requisitos básicos para que sejam declarados procedente, porque vimos que a Comissão Nacional de Eleições se baseou em fundamentos de facto e de direito que não condizem com a verdade e que violaram de forma clamorosa, os princípios estruturantes do direito eleitoral, um dos quais é o princípio da aquisição progressiva dos atos eleitorais, porque a deliberação disse que a candidatura era nula. Contudo, em nenhuma parte da própria deliberação foi feita a referência de que a candidatura em concreto foi declarada nula, porque o que vimos ali foi a Comissão Nacional de Eleições socorrer-se em assuntos da fase da inscrição, que no nosso entendimento já tinha sido ultrapassada.
Ainda este sábado, o CAD marchou pelo mesmo propósito, nas cidades da Matola, Maxixe, Quelimane, Nampula e Beira.
Enviar um comentário