Salomão Moyane, membro da Comissão Nacional de Eleições (CNE) indicado por Filipe Nyusi, acusou a própria comissão de mentir ao povo sobre a desqualificação da candidatura da Coligação Aliança Democrática (CAD).
Contrariando a declaração do porta-voz da CNE de que a decisão foi unânime, Moyane afirmou que não votou a favor da desqualificação.
Em entrevista ao Canal de Moçambique, ele revelou que inventaram histórias sobre a queda da CAD quando souberam que era do Venâncio.
Moyane classificou a decisão da CNE como ilegal, violando os princípios do Direito Eleitoral e as decisões do Conselho Constitucional.
De acordo com Moyane, a candidatura da CAD, uma vez aprovada e publicada no Boletim da República, não pode ser legalmente rejeitada nesta fase do processo.
Ele sugere que a descoberta de que a CAD pertence a Venâncio Mondiane levou à fabricação de uma narrativa para justificar a desqualificação.
Além disso, Moyane apresentou provas de que a CNE recebeu os documentos necessários, contrariamente ao que a comissão alegava.
Ele acusou a CNE de fingir ter perdido esses documentos para manipular o processo eleitoral e enganar o público.
A CAD sempre esteve organizada, afirmou Moyane, refutando as alegações de desorganização da coligação como uma tentativa da CNE de manipular a opinião pública.
Ele argumenta que essas acções favorecem aqueles que temem competir de forma justa contra Venâncio.
Citando o jurista Hans Kelsen, Moyane destacou que a democracia só pode florescer onde há transparência e responsabilidade”. Ele alertou que as mentiras e manipulações da CNE colocam em risco a própria essência da democracia.
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