Falta sangue e medicamentos nos hospitais de Inhambane

 As unidades de saúde em Inhambane estão sem reservas de sangue. O governo autorizar as dificuldades e no caso de falta de medicamentos fala em má gestão. Os pacientes não têm dinheiro para ir a farmácias privadas.

Falta sangue e medicamentos

Todas as unidades sanitárias públicas da província de Inhambane, sul de Moçambique, debatem-se com a falta de medicamentos, sangue e até comida para os pacientes.

Como consequência, alguns doentes têm recorrido a farmácias privadas para a obtenção de medicamentos, sob orientação das unidades públicas, como é o caso de Jaime Antunes. Disseram para ir na farmácia privada porque aqui no hospital não há amoxaxilina, conta este paciente.

Alguns pacientes percorrem quilômetros para buscar atendimento hospitalar, ou que nalguns casos acabam sendo em vão, já que escasseia um pouco de tudo nas unidades sanitárias.

E ir a farmácias privadas não é uma solução acessível a todos, como conta o paciente Calisto Macamo. Depois do atendimento médico, o que ele resta não dá para muito. Aqui só tenho dinheiro para voltar a casa, não tenho mais dinheiro, desabafa.

Bartolomeu Savanguane, outro utilizador de Inhambane, revela que as farmácias públicas foram transformadas em privadas pelos profissionais de saúde, que tiraram vantagem disso. Nas farmácias, aquilo é negócio e não entra apoio do governo porque é uma coisa privada, lamentável.

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As unidades sanitárias não costumam ter reservas de sangue suficientes. A situação actual parece ser ainda mais desastrosa, como revela Jorge Milane, técnico de laboratório no hospital rural de Vilanculos.

Voltamos nas nossas atividades ao estoque zero ou, em outras palavras, a uma ruptura de sangue, revela o técnico de saúde.

O governo local autoriza as dificuldades. Eduardo Mussanhene, governador de Inhambane, disse à imprensa na semana passada que a falta de medicamentos nos hospitais resulta da má gestão dos armazéns.

Temos medicamentos suficientes para atender o nível das doenças específicas como prioritárias em nossos hospitais, qualquer cidadão pode ir lá e será atendido, portanto, o que está acontecendo é mais gerenciado, justificado pelo governador.

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