A Procuradoria-Geral da Venezuela anunciou a abertura de uma investigação criminal contra a líder da oposicionista María Corina Machado e o candidato presidencial da oposição, Edmundo González Urrutia, por instigação à insurreição. O anúncio foi feito depois dos dois líderes terem apelado que a polícia respeitasse o verdadeiro resultado das eleições.
Através de um comunicado, a Procuradoria-Geral avançou que a investigação criminal contra González Urrutia e Machado deve-se ao incitamento aberto às tropas para que desobedeçam às leis, pois os líderes da oposição pediram à polícia e aos militares para definir os resultados das eleições , que dá vitória a González Urrutia e não a Nicolás Maduro.
Na referida declaração, há acusações da suposta prática dos crimes de usurpação de cargos, difusão de informações falsas para causar inquietação, instigação à desobediência às leis, instigação à insurreição, associação para cometer um crime e conspiração, lê-se no comunicado da Procuradoria.
Segundo o mesmo documento, os indiciados estão a agir à margem da Constituição e da lei, ao falarem de um vencedor das eleições que não seja Nicolás Maduro.
Embora o órgão eleitoral não tenha publicado os relatórios que certificam a vitória de Maduro, conforme exigido pela lei, a Plataforma Democrática Unida (PUD), principal coligação da oposição, divulgou 81% desses documentos que mostram, de acordo com os partidos anti-Chávez , que González Urrutia venceu por uma ampla margem, provocando protestos no país que já causaram 13 mortos e mais de dois mil presos.
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