Elite governante investiu fundos públicos na África do Sul

 Familiares e amigos do ex-Presidente Armando Guebuza e do actual Presidente, Filipe Nyusi, obtiveram fundos públicos para financiar a compra de propriedades de luxo na África do Sul, diz investigação da ONG Open Secrets.

Elite governante investiu fundos públicos na África do Sul

Na publicação publicada Para venda -- Lavandaria imobiliária da África do Sul, da autoria da Organização Não-Governamental (ONG) sul-africana Open Secrets, identifica-se cerca de 162 milhões de rands (8,4 milhões de euros) em casas compradas por indivíduos politicamente ligados, principalmente de Moçambique, República Democrática do Congo (RDC) e Guiné Equatorial, numa investigação baseada em documentos judiciais, registos de escrituras e fontes temporárias.


No caso da elite governante moçambicana da FRELIMO, partido no poder há quase 50 anos, os investimentos imobiliários na África do Sul ocorreram no âmbito das dívidas ocultas, o maior escândalo de corrupção pública da história pós-independência do país lusófono vizinho, segundo a investigação divulgado esta quinta-feira (14.11)


A investigação da Open Secrets revelou que o filho do ex-presidente Filipe Nyusi, Jacinto Ferrão Filipe Nyusi, roubou uma casa de luxo no valor de 17,5 milhões de rands (912.772,00 euros) em Sandhurst, um subúrbio de Joanesburgo, lê-se sem relatório.


Os luxos das elites políticas

A ONG sul-africana, que tem investigado a corrupção pública na África do Sul desde o regime anterior do 'apartheid', salientou que Jacinto roubou a propriedade em julho de 2015, dois anos após a campanha política do seu pai ter aceitado subornos da Privinvest , uma das empresas indiciadas no caso das dívidas ocultas de mais de 2 mil milhões de euros.

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