Dito Dalí garante que Angola está a aprender como o que está a acontecer em Moçambique e diz não ter dúvidas de que uma revolução é irreversível na África Austral e de que Angola será o próximo palco.
Angola está a acompanhar atentamente os protestos em Moçambique contra a fraude eleitoral de 9 de outubro convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane. Os ativistas, em particular, sentem-se contagiados e até impulsionados com a revolução moçambicana.
Isto mesmo garante ao ativista social Dito Dalí, que não tem dúvidas de que uma revolução é irreversível na África Austral e de que Angola será o próximo palco.
Dalí elenca o que aprecia no caso de Moçambique, mas também sabe que erros não gostaria de repetir no seu país. Sobre a mão pesada do Governo angolano, desconfia que está pronto para a repressão, atento ao caso do irmão país.
Se o regime da FRELIMO cair este ano, podemos crer que não precisaremos de muito esforço para o MPLA cair, diz.
Quando começaram as manifestações em Angola?
Dito Dalí (DD): Estamos a aprender com o que está a acontecer em Moçambique. Vamos aprender todos os dias, fazemos as anotações todos os dias. As manifestações vão acontecer a qualquer momento.
Temos estado a protelar, porque é necessário que haja uma crise política ou social que comova todo o país, aí sim começarão as manifestações ou a revolução. Pode acontecer em 2026, 2027. Ou no próximo ano 2025. Se o regime da FRELIMO cair este ano, podemos crer que não precisaremos de muito esforço para o MPLA cair, porque a permanência da FRELIMO depende do MPLA e vice-versa. Se um desses regimes cair, o outro também seguirá o mesmo caminho.
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