Venâncio Mondlane critica a tomada de posse "madrugadora" do PODEMOS, acusando o partido de desrespeitar a memória das vítimas das manifestações contra os resultados eleitorais.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane hoje que a tomada de posse "madrugadora" dos deputados do partido PODEMOS será um desrespeito à memória das pessoas que morreram nas manifestações de contestação aos resultados eleitorais.
"É sobre a memória e respeito dos que tombaram pela causa, dos que lutaram dia e noite desde a campanha eleitoral até hoje nas ruas e muito mais, que recomendava para a não tomada de posse madrugadora do Podemos na Assembleia da República. É uma questão de respeito, antes de tudo", declarou Venâncio Mondlane, numa carta aberta dirigida hoje ao presidente do PODEMOS, partido que apoiou a sua candidatura.
Acordo político violado
O partido até agora extraparlamentar Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), registado em maio de 2019 e composto por dissidentes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), viu a sua popularidade aumentar desde o anúncio, em 21 de agosto, do apoio à candidatura de Mondlane nas presidenciais, em resultado de um "acordo político", pouco tempo depois de Mondlane ter a sua coligação (CAD) rejeitada pelo Conselho Constitucional por "irregularidades".
Segundo Mondlane, a tomada de posse dos deputados do PODEMOS em 13 de janeiro, um processo já confirmado por diferentes órgãos do partido, vai violar o acordo político, um documento que ainda não é público.
"Eu nunca me opus à tomada de posse e assento na Assembleia da República, apenas me oponho que esse a tenha lugar de forma mais vencida, em que nem sequer os princípios de concessão apresentados ao regime tenham sido tidos nem encontrados", frisa na carta Mondlane, para quem, à luz da lei, a não tomada de posse não implica perda do mandato.
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