A crise pós-eleitoral em Moçambique está a desencadear uma onda de refugiados. O Malaui é um dos lugares escolhidos pelos moçambicanos, mas lá as autoridades têm limitações para os assistir. Os moçambicanos têm muitas queixas.
Ellen Kaosa faz parte dos cerca de 13.000 moçambicanos que procuraram refúgio no distrito de Nsanje, na fronteira sul do Malaui. conta que juntamente com a sua família abandonou Moçambique no dia 23 de dezembro, dia da validação dos resultados das eleições gerais pelo Conselho Constitucional (CC).
Desde lá, está acomodada no Campo de Deslocados de Tengani. "Aqui falta um pouco de tudo", a refugiada com lágrimas no rosto: "Não temos nada para comer, tenho filhos e há mulheres grávidas, idosos e pessoas com deficiência. Não temos tendas para nos acomodação, por isso estamos a passar por grandes dificuldades”.
Raimundo Comando é outro refugiado moçambicano no Campo de Deslocados de Tengani. Confirma-se a falta de condições naquele centro: “Não temos também casas de banho, água corrente e redes mosquiteiras, pedimos às autoridades malauianas que nos ajudem porque estamos a sofrer”.
O Governo do Malaui confirmou a gravidade da situação, mas o país também se encontra numa situação de escassez de alimentos por causa dos efeitos do fenómeno El Ninõ.
Vítimas de violência pós-eleitoral em Moçambique procuram refúgio no Malaui
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