O sindicato do patronato nacional pede ao governo a melhoria da situação da segurança, principalmente nas principais cidades e corredores logísticos nacionais, para assegurar uma retoma sustentável da atividade económica e melhorar o ambiente de negócios.
A exigência foi reiterada na sequência do anúncio da associação dos bancos comerciais, de abertura de uma linha de crédito de 10 mil milhões de meticais para financiar as empresas parcial ou totalmente paralisadas, devido às manifestações pós-eleitorais no país.
"O financiamento é bem-vindo, contudo, a prioridade deve ser a segurança para garantir que haja um melhor ambiente de negócios, porque num ambiente atual, em que ainda assistimos uma onda se insegurança, essas medidas não seriam eficazes", disse Eugênio Paiva, empresário do sector alimentar, um dos mais afetados pelos saques e vandalização registada no quadro das manifestações pós-eleitorais no país.
"Podem lutar, manifestar, mas destruir será um grande retrocesso para a sociedade", Samanta Lemos
Sem qualquer cobertura por parte de seguradoras, pelo menos 900 empresas foram, segundo dados da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, diretamente afetadas pela manifestações, fazendo com que cerca de 17 mil pessoas fossem atiradas ao desemprego.
Novo custo
Para apoiar o reinvestimento dos afetados, os bancos lançaram a nova linha de crédito com taxas de juro para os primeiros anos, fixada em 15% ao mês.
"Está previsto um mecanismo de controle para assegurar que cada cliente beneficie até o limite de 20 milhões de meticais no sistema financeiro”, disse Comiche, frisando tratar-se de um gesto para aliviar o esforço das empresas afetadas.
Enviar um comentário