Venâncio Mondlane pediu, hoje, à Procuradoria-Geral da República para adiar a audiência agendada para esta segunda-feira e remarcá-la para amanhã, terça-feira, às 09h00.
De acordo com uma fonte da Procuradoria-Geral, Mondlane enviou alguém para dar entrada do pedido de adiamento da audiência, segundo a TV Sucesso.
O segundo candidato presidencial mais votado deve ser ouvido pelo Ministério Público sobre um processo-crime movido no ano passado, no âmbito dos protestos pós-eleitorais liderados por si a partir do exterior.
Mondlane está fora do país desde dia 07 de Março, dois dias após uma suposta tentativa de assassinato pela Unidade de Intervenção Rápida. A polícia tratou de refutar as alegações.
O ex-candidato procurou refúgio no exterior, desde 21 de Outubro de 2024, na sequência de suposta tentativa de assassinato, em meio a uma conferência de imprensa, na praça da Organização da Mulher Moçambicana, na cidade de Maputo. Naquele dia, jornalistas foram atingidos por balas de gás lacrimogénio. Dois dias antes, o seu advogado Elvino Dias e o assessor do Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) foram assassinados nas proximidades.
Durante a sua estadia em vários países, Moçambique viveu dias de pólvora, tendo sido mortas mais de 350 pessoas, segundo dados da Plataforma Eleitoral Decide, e mais de 500 pessoas, segundo o Centro para Democracia e Direitos Humanos.
Nesse período, um processo-crime e um processo cível foram instaurados contra Mondlane. No dia 09 de Janeiro, ele regressou ao país, e, nas suas primeiras declarações, disse pretender quebrar a narrativa de que ele fugia da justiça moçambicana.
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