Governo assina hoje acordo político com partidos com assento no Parlamento, assembleias provinciais e municipais. Objetivo: acabar com crise pós-eleitoral. Mas nesse xadrez falta uma peça importante: Venâncio Mondlane.
O ex-candidato presidencial e o mobilizador das manifestações em curso no país, Venâncio Mondlane (VM), não foi convidado a tomar parte do diálogo que produziu o acordo que se assina esta quarta-feira (05.03) em Maputo, como também não foi convidado a assistir a cerimónia, considerada pública.
Dinis Tivane, um dos assessores de Mondlane, não estranha a falta de convite, mas lamenta que Mondlane continue sendo excluído das negociações.
Como o senhor vê a exclusão de Venâncio Mondlane do diálogo que culmina no acordo a ser anunciado hoje?
Dinis Tivane (DT): [para] nós venancistas, [grupo] que alguma vez que terá sido convidado a participar desse diálogo, não soa estranhao que também não tivessemos recebido nenhum convite para testemunhar essa assinatura. E Venâncio Mondlane (VM) entregou os termos de referência para esse diálogo que foram claros. Das duas uma: já sabem o que queremos e devem estar dialogando com base nisso, ou não queiram que estejamos envolvidos nisso porque havemos de fazer pressão para que aqueles pontos sejam levados em conta.
DT: Claro! Escrevemos várias cartas, já os informamos da incapacidade, em termos de legitimdade, do Albino Forquilha, para ele abandonar aquilo e incluir outros atores. Mas antes disso, e mesmo depois que Nyusi saiu, colocamos outro tipo de expediente. Portanto, não é aí que a questão surge. E mais do que isso, o engenheiro Venâncio desde que desembarcou no dia 9 de janeiro em Maputo disse que estava aberto ao diálogo e até hoje nunca houve resposta em relação a isso.
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